domingo, agosto 17, 2008

Nossa Colcha a ser desbordada nos seus mais belos traços do amor maior.

Nós temos um plano de longuíssimo prazo. E pouco tempo para realizá-lo.

O nosso plano é começar a coletar e organizar todos os registros dos nossos pequerruchos desde o começo na nossa vida até daqui a 20 anos. Fotos, filmes, músicas, vozes, momentos. Queremos gravar pérolas como “... passarinhos tão lindos que pareciam banhados em néon azul...”, “... com papel? – sobre jogar o sorvete no lixo”, “manhê, você não compra o meu silêncio! – sobre tentar fazer menino calar a boca com suborno de R$ 2,00”, “...ah, então vieram muitos papagaios no aniversário dele? – sobre o papagaio ser oito vezes o ‘aniversário’ dela” e outras. Coisinha que se não registradas com a frescura do tempo de agora, podem ser esquecidas.

Quando digo que o tempo é pouco me refiro à rapidez louca que o tempo tem quando vem pra nos fazer crescer... Ainda bem que os dias bons tem sido loooooongos... Nunca são seis da tarde e o domingo à noite custa a acontecer.

O prazo longo, 20 anos, pode acontecer em dez, quinze, quatorze ou dezoito anos. Todo dia a gente muda de idéia. Sempre por um bom motivo. Mas é por aí.

O nosso projeto Colcha de Retalhos é a coisa mais bela que uma mãe pode fazer para seu filho. E será mais belo e lindo porque será sobre o filho, a filha... E porque será uma surpresa, guardada a sete chaves por muitos anos. Vinte, talvez.

Se o tempo quiser acontecer antes ou depois, não tem problema. De qualquer forme será daqui a um milhão de anos, quando piscarmos os olhos.

Passaremos um longo dia preparando tudo. Da comidinha favorita deles aos arranjos de flores. Cuidaremos do nosso jardim de inverno, limparemos a lareira, arrumaremos os quartos do nosso sitiozinho. E choraremos muito. E gargalhadas também. Ai... Banheiro cheirosinho do jeito que ela gosta e colchão macio como ele gosta.

Eles chegarão (de repente já agraciados cada qual com seu par), com roupas de frio, cachecóis e luvas, nos seus carros, na mesma hora. Depois de aconchegados começaremos e desbordar a nossa Colcha.

E pra cada história tem uma música gingada, uma explicação, um link com outra coisa. E vamos ouvir: “Mãe, vocês planejaram isso por quanto tempo?”.

Depois de muitas lágrimas nos rostos de plena juventude dos pequenos moleques, muita comida gostosa, um único cobertor, lareira acesa, vinho em taças bonitas e um gostinho de “deu certo”, a gente pode repetir um dos bordões:

Eu peço a Deus pra ser feliz... E ele exagera!

Agradeço.



2 comentários:

  1. Anônimo23:43

    Ah, a del ícia de ter um filho... Acredito que se um dia for pai, serei daqueles bem babãos! rsrs. É, o tempo é cruel e impiedoso, mas cada segundo tem sua dor e delícia, bem particulares. É um belo projeto, mãos e corações à obra! Bjus e boa semana.

    http://so-pensando.blogspot.com

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  2. Hummm,ja começei a chorar lendo o texto agora,acredita? Imagina quando for a hora! Ja estou contando os minutos,que eu sei que vão ser rapidos,mas demorados ao mesmo tempo!!!!
    Ai que delicia! Nosso primeiro resgitro,nossa abertura da "colcha de retalhos"!
    Pronto,voce nao queria? Ganhou nome....
    agora vou correr!
    bjos

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