Começou mais ou menos assim: “Desafio a Mirian, a Carol, o André e a Marcela a dizer sete coisas sobre si.”.
Daniel, novo amigo íntimo desconhecido (como ele mesmo se descreve), me colocou na roda. Então vamos lá:
Primeiro. Adoro um palco. Adoro público. Sou artista circense e acho que deveria largar tudo e investir na carreira de atriz (cheguei a esta conclusão depois que percebi que sei – de cor e salteado – todos os esquetes da peça “Cócegas”).
Segundo. Tenho um filho de oito anos. Sou, de fato, mãe dele. “Não, ele não chama a minha mãe de mãe...”, sempre falei.
Terceiro. Sou atleta. Fiz ginástica olímpica, vôlei, jazz, ballet, judô, karatê, dança de salão, handbool, natação, circo, mágica, teatro, terapia, cerveja... Éh... Sou atleta.
Quarto. Quero muito. Faço pouco. Ás vezes quero tudo sem fazer o mínimo esforço. Mas às vezes faço muito, muito mesmo, por uma bobeira qualquer.
Quinto. Odeio burrice, odeio verdades estabelecidas, odeio padrões, odeio rótulos e não suporto as pessoas que acreditam piamente em qualquer possibilidade única. Incomodam-me muito os que gostam de música sertaneja e falam dos novos modelos de TV de plasma e só.
Sexto. Adoro os bem letrados, os viajantes do tempo, os seres atemporais, que curtem documentários, filmes de arte, cultura, música. Não precisa gostar só de Chico, Caetano, Milton, Toquinho, Vinícius, Elis, Marisa, Zé Ramalho, Zeca Baleiro, não... Mas um pouco de gosto vai bem.
Por fim, sétimo. Eu não existo.
Desafio cumprido, Daniel. E agora é quem? Hein?
Eu os chamo de desconhecidos íntimos, mas tá valendo. Temos coisas em comum. Verdades absolutas é um das coisas mais idoitas já inventadas. Seres atemporais estão cada dia mais escassos. Olha... Eu não escrevi lá, mais eu sou dramaturgo. Tô escrevendo uma peça usando como base algumas das músicas de Chico Buarque. Você não quer ser a atriz principal da minha peça?
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