E ontem fui dar uma volta. Uma volta mesmo! Não sabíamos bem onde íamos parar, mas queríamos forró. E rodamos, andamos, bebemos, sentamos, cantamos, contamos histórias, falamos sobre filhos, sobre mães, sobre isso de ser mulher, sobre regime, chapinha, cabelo, peso, altura, dreads e forró. Sobre ir ao forró. Sobre a delícia de mexer o corpo com suor latejando e como era boa a música no buraco dos ouvidos, a pele exposta, crua, o corpo levando movimento e gritando. Estresse, trabalho, filhos, mães, chapinhas, cabelos... Tudo por detrás do dançar. Como é bom, aliviante e um cansaço que descansa.
E esperei. Liguei. Desliguei.
Cantei, dancei, misturei. Conheci gente. Conversei. Doía o pé.
Pensei.
Dancei, dancei, dancei, dancei. E a música de ontem estava inebriante. Ou eu estava. Mas foi de um bom trato de alma e corpo. Foi gostoso sentir-me balançando. Foi especialmente bom. Foi liberdade. Foi livrar-me de pesos. Foi conversar com gente. Foi conversar sem flerte. Foi conhecer um senhor belgo in vacattion e conversar em português, espanhol, inglês e portuñol. Conversei muito com ele. Ele me falou sobre o corcovado, sobre o pão de açúcar, sobre Ouro Preto e sobre como gostaria de conhecer Tiradentes e fazer a famosa viagem de trem. Conversei com o dread e contei quase tudo sobre um filme que retrata o TOC. Ele me disse que tinha melhorado muito, mas que ainda dança dando e des-dando voltas. Conversei com a mocinha que guarda bolsas sobre a necessidade de sempre se ter um short por debaixo do vestido. Encontrei com gente que não via há tempos e quase não me lembrei delas. E como foi bom revê-las! Fui convidada para vários eventos, quase todos forrós, por um tanto de gente que nem sei quem e que não vou. Mas é bom receber convites.
Meu corpo estava livre. Eu estava livre.
Pegamos um táxi e fomos embora. Percebi o quanto gostava tanto daquilo ali. E como a liberdade andava me fazendo falta.
Irias gostar da noite de Roraima, é basicamente forró. Bjus.
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