sexta-feira, abril 22, 2011

Gravata Borboleta

Será que vivo sem isso? Será que eu consigo viver sem este tipo de água pra respirar? Será que a minha vida se sobressairia sem a agitação e turbulência dos gritos e o estado grogue de cansaço extremo? Seria diferente? Ou eu é que sou assim, exatamente assim? Porque o que me parece agora é que tudo que eu quero é paz. Ela não está no dinheiro, eu sei. Está no sucesso ou na minha independência de ser eu? Está nas minas páginas impressas da minha gaveta? No meu verbo FUI impregnado de ESTOU em mim? Deveria já ter ido? E, se sim, para onde? Se não, como? Estes momentos tem me vindo a tona sempre, como se fosse um chamado a reagir a minha falsa serenidade diante deste todo pesado que me dói os ombros. Dói como toneladas de ar puro que só carrego e não inspiro. Dói como minha Alice presa numa caixeta de papelão, sem janelas. Medo? Fuga? Momento, euforia, graça, sublimidade, corpo, fora, dentro, ou minha posição dilacerante e retrógada de comodidade?
Peace, where is this place inside myself?

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