quarta-feira, setembro 02, 2009

Silêncio

Se acha bonito o seu cantar de pneus fique bem com eles, que passam e não deixam vestígios.
Eu fico com o silêncio da minha miudez.
E você também.
Silêncio cala.
Calo eu.
Cala você.

Não me faz barulho não.
Vai-te cantar borracha pra todo mundo vê.
E todo mundo vê.
E passa.
Já passou.

Agora o meu silêncio e a minha miudez...
Isso fica na minha boca fechada e calada.
Não diz, não aparece, não é irritado.
É só calar.

Por mais que me incomode, assim eu protejo.
Não me entenda mal.
Me entenda mal.
Me adivinhe. Ou não.

Mas com pedra preciosa minha não jogue sem saber as regras do jogo.

Por isso eu prefiro o silêncio da minha miudez.
Cala-te.

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