terça-feira, setembro 08, 2009

Depoimento

Carol Bahasi sobre as fotos de Alice

 

Não são somente fotos. Não são somente cliques de uma imagem. Não é só retrato de um instante, um momento paralisado de memória. O que fizemos, juntas, foi a edificação de corpo, luz, superfície, exposição, expressão, sentimento. Foi usar a técnica em prol de transformar realidade em magia. Magia real como a personagem que se decifrava. Foi conceituar, foi refinar definições, foi ampliar as formas de se ver o que estava ali, parado, mas em constante evolução.

 

As fotos, que ouso chamar, com muito orgulho, de sessão de fotografia, além de me fazer ver outros meios de enxergar a mesma coisa por vários viés, também abriu meus olhos para aquelas lentes. Despretensiosamente, me deu de presente o conhecimento. Quem era aquela ali deitada no chão, ora olhando para o horizonte, às vezes pensando num pequeno príncipe, às vezes pensando em quem era: o que era foco, sem maquiagem, sem arranjos.

 

Renata Rocha me fez perguntas, me perguntou o que pensava, o que sentia. Me trouxe à superfície e fez, comigo, uma construção. De começo. De meio. E de nunca ter fim. Se fotografar é a arte de tornar tangível o que quase ninguém vê, então foi isso que aconteceu. Foi fazer sonho de personagem virar verdade de pessoa.

 

Não troco, não largo e não tenho, absolutamente, palavras pra agradecer ao sol que ela fez brilhar no meu rosto, à luz que fez contrastar com cores vibrantes, ao preto no branco que fez imortal cada imagem que esbarra na perfeição.

 

Só posso dizer, mais uma vez: GRATIDÃO.

 

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