Sessão Procura-se
Estou procurando um amor. Um amor. Mas não é qualquer um não! É o meu. O meu amor. E também não é amor próprio não. É o meu amor de amar que sumiu mesmo. Perdi ele. Em algum lugar e possivelmente em alguém.
Pois perdi e me dei conta disso um tempo após o sumisso. Ele era tão próximo de mim. Estava sempre atento e sempre distraído. Agora, que não sei onde está, fico assim xoxa... Assim sem saber o que fazer com os desejos, vontades e olhares. Porque tudo vira paixãozinha, amizade, troca de confidências.
Where’s the love?
Aí coloquei uma faixa não sei bem onde que diz: Procura-se um Amor. Não quero ser mal interpretada. Não procuro pretendentes. Até porque nem sei o que fazer com eles sem o tal desaparecido. Eles perdem a graça em pouco tempo, um tem um sotaque, outro tem barba, outro é muito intelectual, outro é chato, outro pega no meu pé, outro só pensa em andar de moto, outro quer casar e por aí vai. Eu invento e desinvento problemas pra eles. Porque não sei o que fazer na falta do meu amor.
Então não quero saber também de desaforos como: “ele está justamente dentro de você!”. Dãaaaaaa! Não. Só quero saber onde ele está e quero ele de volta.
To doida de vontade de amar loucamente de jogar pedra na janela e fazer declarações infindáveis de amor platônico alucinante por alguém. De verdade.
Então, love of myself live, you've hurt me. Bring it back, don't take it away from me because you don't know what it means to me.
Volta, OK? E contigo traga príncipes em cavalos brancos, músicos, don juans, homens com cheiro de homem, coisa nova ou coisa velha. Mas venha acompanhado, de preferência.
“Desde o primeiro deste periódico foram encontrados 14 amores desaparecidos.”
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