segunda-feira, março 02, 2009

Você tem sede de quê?

E mais um capítulo inédito do mundo fantástico de Hitler...
Na terra de Adolfinho, para os íntimos, tudo corria como sempre (ou voava pelos intrépidos ares condicionados). O campo de batalha comercial era um campo de concentração, como era de se esperar. Aliás, Adolfinho não gostava de distrações. Nada poderia tirar a atenção de sua tropa. Nem mesmo um simples toque de telefone.

Apesar de assinar o combinado de não-agressão nazi-soviético, Hiel continuava firme com sua ditadura unipartidária. Seu próprio exército recebia "punhalada nas costas" de tempos em tempos. Bombas armadas de clipes, chaves e coisas barulhentas continuavam poluindo os céus no estilo de articulação de medos.

As mulheres e crianças eram arrancadas de suas cadeiras e computadores e forçadas a irem, por conta própria, à câmara de gás tóxico (banheiro) para chorar lágrimas que deveriam provir de suas idéias semitas. E assim passavam dias, sem papel toalha ou higiênico. Sem lixo, sem privacidade e, por ora, com goteiras torturantes na cabeça.

Objetivos tão vis de Heil eram típicos de um seguidor da filosofia do ódio. Ele desejava. Ele tinha sede, vontade, necessidade e desejo. Cegava todo um legado a ponto de levar em frente o maior genocídio da história. O dos clipes. E das pessoas.

Eram obrigadas a se esconder, pro sobrevivência, nos abrigos subterrâneos da alma. Agüentavam a tortura sem questionar em voz alta. Até porque, por incrível golpe de sorte, ele se aproveitava da Crise Econômica. Como era muito difícil conseguir outro Senhor de Engenho nesta época, seu batalhão de desafortunados acabava por segui-lo.

Alguns soldados procuravam líderes políticos e autoridades clamando por ajuda, mas nem sempre eram atendidos, afinal a crise...

O ditador, aspirante a pintor sem nenhuma instrução formal em arte, ou em qualquer outra coisa, continuava impune. Dê-lhe poder, já diziam. E Hitler já era bem conhecido por todas as bandas. Suas atrocidades atravessavam todas as trincheiras e até a barreira dos limites do racional. Eram agressões de todos os modos. Seu olhar penetrante tinha o poder de paralisar qualquer atraso ou almoço de peixe com espinho. Suas bufadas eram ouvidas a quilômetros de distância e fazia tremer a base dos mais corajosos judeus (ou colaboradores).

Obcecado pelo anti-semitismo, o caçador de pipas e nazistas só queria mesmo saber de controlar seu governo com punhos fechados. Seu povo era proibido de respirar livremente. Os que se atreviam a desobedecê-lo, pelo sindicalismo ou pelo comunismo, levavam granadas pelas costas, cada vez mais agressivas e doloridas.

Eram vigiados passos, falas, telefones, telepatias, simpatias, internets, e-mails, cartas, aviões de papel ou qualquer coisa que valha. O caos se instalava através do sentimento de humilhação oferecido aos menos interagidos com sua forma de dirigir, ou digerir, um grupo de mentes humanas que pensam.

MAS nem a espantosa habilidade para o blefe do líder populista e seu poder com as palavras fora suficiente para controlar a revolta dos massacrados e oprimidos - imãs de metais. Começava a guerra do povo comercializado contra o ditador. Holocausto não mais assustava. Terceiro Reich? Humpf... Por mais radical que fossem suas técnicas adquiridas em treinos nas academias de “cliponologia”, ele começara a ruir.

Adolfinho era quem estava cego diante da tal crise de mercado mundial. Adolfinho não via nada além se seu próprio monitor e não ouvia nada além de suas próprias balbúrdias incômodas. O seu povo, seu país, sua empresa, seus liderados, começavam uma radical e espantosa reviravolta.
E foram tão bem vacinados e treinados pelo incógnito encantador de baleias que sabiam bem que ainda não era hora de agir. E aguardavam o melhor momento sem que ele, pobre Adolfinho, percebesse mudança qualquer nos planos estratégicos. E, agora, a cada rojada que recebiam por detrás, ao invés de se socorrerem nos meados da tristeza, lhe dirigiam o olhar e o sorriso amarelo e respondiam enfaticamente: “Hiel, my Führer!”.

O que Hiel Hitler não tinha percebido ainda é que seus soldados tinham sede de liberdade, fome de fazer, necessidade de respeito, desejo de sucesso. E falavam bem baixinho e repetidamente, como um mantra: “... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte / a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte...”.

Só Adolfinho não viu...

NEXT, IN ADOLF HITLER WORLD:
Último capítulo da nova novela das oito, de Benedito Rui Barbosa, Lula-lá, Oxalá e George Bush: “A QUEDA DO DITADOR”

By Carolina Bahasi
Ex-adcta Hitleriana
“Hiel, my Führer!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário