segunda-feira, julho 21, 2008

Como a educação desse povo brazuca me assusta!


Hoje consegui (fui sorteada): conversar só com gente burra! OK, Senhor Presidente, gente mais humilde, com pouca instrução e coisa e tal.

Vamos colocar todo mundo na escola! Aê! Dois patinhos na lagoa mais dois patinhos na lagoa são? Quatro patinhos na lagoa! Aê! E com mais dois gansinhos na lagoa? Não. Não são seis patinhos na lagoa... São quatro patinhos e dois gansinhos.

Hoje eu fui escolhida para testar meu grau baixíssimo de tolerância quanto à insanidade deste povo que não desiste nunca. Ahhhhhhh!

Sabe quando você liga para uma bendita empresa e pergunta uma coisa qualquer e, além de ser transferida oito vezes (“porque não é minha função, senhora”), tem que EXPLICAR TUDO DE NOVO, porque ninguém escutou o que você falou?

Ai, meu Deus, como as pessoas têm tanta preguiça de pensar?

· “Senhora, isso é tudo que eu posso dizer.”
· “Como tudo o que pode me dizer?”
· “É só isso que eu posso dizer, senhora.”
· “Mas, Oneida, o meu contrato é com vocês e não com a Elgin. Eu não quero ouvir que o pessoal lá não trabalhou na quinta e na sexta e que, por isso... Não. Eu quero que você me responda quando minha máquina retorna!”
· “Senhora, mas a Elgin é que...”
· “A Elgin eu não conheço, Oneida. Eu fui até a Precision, entreguei a máquina, fiz o depósito, lhe enviei o comprovante do DOC e pronto. Não quero saber se a Elgin #$@@#$%¨%*!”
· “Ah, e o que a senhora gostaria que estivesse fazendo?”
· “...”
· “Senhora...”
· “Oneida. Meu nome é Ana Carolina. E eu não acredito que a senhora tenha me perguntado isso...”
· “Mas, senhora Ana Carolina, isso não depende de mim, depende da Elgin e...”
· “Oneida. É muito simples o que vou lhe dizer, quer dizer, repetir. Eu quero que você responda quando a minha máquina chega, mesmo que a resposta seja ‘não sei, senhora’. Mas, pelo amor de Dada, Oneida, não coloca a culpa em ninguém, não. Isso é o que faz diferença hoje em dia, sabe? O que eu mais quero, Oneida, como cliente, é que você não se absolva e assuma o problema do atraso como se ele fosse seu também, entende?”
· “...”
· “Oneida, já ouviu falar em relacionamento com o cliente?”
· “Ãh... Não, senhora.”
· “Então faz o seguinte, Oneida: me responde o e-mail que te passei agora registrando que você não sabe, não viu e que não é sua função, não está ao seu alcance e que isso é tudo que pode me dizer. Pode ser assim?”

Oneida, vai saber o porquê, respondeu meu e-mail com a data em que a máquina estará disponível e que ainda pode providenciar um boy para traze-la devido ao atraso. ?

Só que Oneida, provavelmente, vai pra casa dizendo para as amigas, enquanto chacoalha no buzu de volta pra casa, que hoje ele atendeu a cliente mais chata do mundo, “odiável, aquela mocréia!”.

E amanhã Oneida começa tudo de novo. Ela e todas as outras milhões de Oneidas, Marias, Joaquinas, Ancelmas, Marinaras deste país tropicaliente.

Elas acordam antes de raiar o dia e é aí que lá vem o Brasil, descendo a ladeira...

Um comentário:

  1. Anônimo11:08

    Esse povo de telemarketing... Você aguentou muito, foi remanejada oito vezes; na terceira, já mandava ir lá pra casa... da Oneida rsrs. É pena que esse povo se contente em "fazer apenas a sua função". Nunca serão mais que meras atendentes de S.A.C. Bjus e belíssimo texto.

    http://so-pensando.blogspot.com

    ResponderExcluir