Hoje parece mais uma sexta-feira atribulada. Parece uma daquelas sextas que todo mundo tem trabalhos imprescindíveis pra finalizar. Parece dia de banca de monografia, apresentação de projeto da pós-graduação, dia que antecede um show que está produzindo, dia do parto complicado de uma criança, dia de preparar aquela festa surpresa da amiga que vem de longe e os salgados não chegam. Parece que um feriado começa amanhã e não se resolveu como ir à Salvador. Parece dia de estréia nos grandes palcos do teatro, dia de saber os resultados daqueles exames, último dia da resposta que se aguarda sobre o processo judicial que enfrenta.
Hoje, que é só quarta-feira, parece uma sexta de explodir cabeça, espatifar os miolos, deixar cair os ombros, querer deitar no chão e dormir. Hoje é uma quarta-feira cinza-escuro com cara de sexta-feira.
E hoje é um dia que nem era pra existir!
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