Anjos fazem aniversário?

Patos piam?

Grasnam?

Como eu faço para...?

O que quer dizer tal coisa?

Você não é anjo? Não. É sim!

Deixa eu sentir pena de mim mesma? Não. Ah! Que saco!

 

Eu tenho um grande amigo que é anjo. É sim! Ele diz que não. Mas até parece que anjos vão dizer que são anjos, né? Até parece que vão revelar sua identidade secreta!

 

Mas meu amigo é um anjo. Um anjo muito sábio, muito sensato, muito sensível e, ao mesmo tempo, muito racional. Ele meia a perfeição de anjo... Ele diria que é um absurdo! Que eu não posso pensar assim e tal. Mas como eu mando nestas letrinhas que saem da minha cabeça e vão direto para o teclado do computador e este texto escrevo para ele, aposto que vai só olhar pra mim e dizer... Vai dizer nada, dar de ombros e continuar lendo. Depois um “obrigado”.

 

Eu sei que ter um anjo é coisa para poucos... Não é todo mundo que sai por aí contando isso... Mas eu posso dizer que o meu veio na medida certa pra mim! Veio no tempo certo. E veio do jeito que nem eu sabia que precisava. Veio como amigo.

 

Meu amigo Xandivisky apareceu na minha vida quando eu mais precisava.

 

Veio com palavras doces, com gestos carinhosos e entrou na minha casa e no meu coração. Sem invadir. Tocou a campainha. E deixei entrar. Hoje ele nem precisa mais disso. Antes de tocar o cachorro já latiu, minha mãe já veio recebê-lo de sorriso aberto, meu filho já foi correndo contar ou mostrar alguma coisa muito interessante. Meu anjo Xandão é assim. Conversa se quisermos conversar e ele sempre termina com uma coisa que eu preciso ouvir. O mais importante: Não me deixa dependente dele. Me deixa é orgulhosa dele. Feliz por ele.

 

Ele é um anjo em forma de gente que me secou muitas lágrimas, me ajudou em muitas empreitadas, me deu a mão pra levantar muitas vezes e me deixou me virar sozinha em outras. Eu não sei bem dizer o que já fiz por ele. Eu diria que, além da amizade, nada. Ele, tenho certeza, diria que fiz muita coisa. E deve estar com um sorriso no canto da boca agora, lendo isso.

 

Ele me questiona. Me pergunta. Me responde. Me liberta. Me deixa voar, mas não deixa meus pés saírem do chão. Ele carrega bolsa, quadros, cadeira de balanço, filmadoras, velhinhas, pneus de carros, vasos de plantas, carrega minhas dúvidas e depois joga em cima de mim e pergunta: “e aí?”. Ele é o tipo de anjo que não diz tudo que eu quero saber. Não me disse que vou ser uma escritora de sucesso, mas me afirmou que carrego o peso que eu mesma dou às coisas. Não me disse se vou casar de novo e ter outro filho, mas me diz que é possível fazer as minhas escolhas e trabalhar com os instrumentos que tenho.

 

Confesso que já senti raiva do meu anjo porque ele não me disse o que eu deveria fazer. Mas ele nem se preocupa. Sabe que estarei sempre aqui, ali... “Xandão! Preciso da sua ajuda!”. E ele ajuda. Imagino que deve ser pra isso que existem os anjos. Pra isso que ele apareceu na minha vida.

 

Pra ser meu amigo!

 

Se anjos fazem aniversário eu não sei... Mas o meu faz. O meu amigo querido Xandovisky faz muitos aniversários. Deve ter já um zilhão de anos.

 

E neste seu novo ano feito, da sua eternidade in vida, só tenho a desejar FELICIDADE, que é pouco perto do que realmente sinto por ele. É uma coisa grudada no amor, se não o próprio amor em outras palavras. E taí uma coisa que nós dois concordamos, finaly! É GRATIDÃO.

 

Xandão, meu amigo, meu anjo, SOU MUITO GRATA por tudo e por você. Obrigada.

 

Feliz ano novo de anjo para meu amigo Alexandre!

 

Carol Bahasi

22 de setembro de 2009