quarta-feira, janeiro 07, 2009

Zaratustra e seus Amigos


Zaratustra sente muito a falta de seus amigos Platão e Eros. Antecipadamente.

Zaratustra tem certa dificuldade em pensar, quase que com certeza, não voltará a conviver diariamente com seus amigos. Não completamente: isso é fato.

O Deus Zoroastro sente que o dia-a-dia lhe machuca o coração e lhe torce cada músculo e tendão do seu corpo. Mesmo quando Eros tenta ajudar, com palavras recortadas de um cartão de aniversário, Zoroastro não melhora.

Seu coração dói em pensar que o que lhe tirava das trevas todos os dias poderia, simplesmente deixar de existir. E ele que, tanto acredita em "super-homem", coloca à prova a condição de além-homem que podem assumir as pessoas especiais como Platones e Eros.

Continuaria suas andanças sem os dois? Ou ainda perambulariam por Tangnicas e sambas tortos, porém divertidos?

Mas não haveria de ser assim. Afinal não foi ele quem disse "Deus está morto". Essa era somente mais uma alegação falsa a seu respeito.

Eros fora muito solitário. Mas sabia que agora crescido, já podia transformar-se em qualquer coisa e agora poderia entender. Mas lhe era tortuoso pensar em deixá-lo, assim, em forma de Lua brilhante...

E Platão... Tão sábio, de temperamento artístico e dialético - manifestação característica e suma do gênio grego – deu livre curso ao talento poético das existências. Já tinha conhecia Atenas (e as mulheres de Atenas – só não sabia cantá-las). Conhecia o outro lado do oceano e, não raramente, encantava a todos nos coofe´s literários contando dos muros de lamentações que visitou, coisa da época da segunda guerra...

Mas sabe que aprendeu muito com seus amigos. Nos cafés, nas letras, nos socos, nas Veras, nos coloridos pensamentos, nos olhares de compreensão com um quê de “eu te entendo”.

Sabe que através de Platão surgiu, grudados aos azulejos azuis e frios a célebre escola Platoniana, dos jardins de Academo, das leituras da hora do café. Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida.

E Eros que sob a influência dos seus poetas, poderia mudar de fisionomia. Ora representado como uma criança alada ou sem asas, ora como gente grande que diz: Zara! Agora não. Hoje você não precisa disso! Eros casou-se com Psiquê, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Esse era seu único problema. Era o que lhe tornava louco falastrão e entendedor das coisas d’alma. Pelo menos não era filho de psicólogo, como Zaratustra... Mas era capaz de subjugar corações e triunfar sobre o bom senso. Seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ou seja, ao mundo organizado.

Mas como lhe dizia seu mui amigo Platonetes (com brincos de peixes): "O que mais vale não é viver, mas viver bem".

E assim Zaratustra Girassol Bahasi começou a acreditar em si. Com palavras, mãos e massagens de Platão Mon Cherry Izabelly e colos abraços de Eros Lua Luou Vento Ventou. Começou a pensar que era bom demais pra ser somente bom (sem o demais).

E foi seguir seu caminho, sem lenço, mas com documento (habilitado, hã?). E sua vida seria dita assim: “Amplamente baseado em episódios, as histórias em Zaratustra podem ser lidas em qualquer ordem.”. Nunca precisou dos pés, diga lá da cabeça!

E ACREDITOU! Ousou:


“Você se acha livre? Quero ouvir sua idéia dominadora, e não que você escapou da opressão... Livre de que? Zaratustra não liga para isso!

Mas seus olhos devem claramente me dizer: livre de que?”


E ele mesmo respondeu a seus amigos, AGORA: Livre pra ser o que quiser ser, quando crescer!

Assim Falou Zaratustra.


Aos seus amigos, com carinho...
Lua e Mon Cherry,
Muito obrigada!

Carol
07 de janeiro de 2009
Um dia de mudança!

Um comentário:

  1. hi... andou explorando o mundo da menina de lá?

    Prazer... no mesmo rítmo!

    "jaboticabas de-vem-me-ver!"

    Fique à vontade... e critique o quanto quiser... é sempre bom descobrir o olhar alheio.

    Abraços,
    nininha.

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