Dizia-se um exemplo de exemplar.
Dizia-se um modelo modelar.
Dizia-se uma referencia referencial, um toque especial, um tanto perfeição a ponto de ser quase melhor do que a própria perfeição, até porque, “a perfeição não existe”. Só faltava cantarolar “...mas eu existo”.
Dizia-se, falava-se, mostrava-se tal qual Everest, Gandhi, Rei, Rainha, Buda, Professor, Lua...
Dizia-se muito, sem papas, com muitas línguas poliglotamente plurilateral e unicamente literal.
Era dose certa para os problemas de alguém qualquer. Era o ponto de fervura ebulida de qualquer um. Era a licença poética para qualquer coisa. Era sol. Era grande. Era tudo.
Até que alguém descobriu que tudo que buscava era justamente divergente e que queria mesmo as incertezas e as contravenções.
Aquilo que dizia-se tanto deixou de ser tanto. Até porque o tanto que era, só seria se fosse válido para o pequeno, aquele que erguia heroicamente. E o pequeno, descobrindo outras coisas, deixou de ser tão pequeno. E o grande teve de diminuir.
Não cabiam juntos.
E o que era pequeno entendeu que nunca foi, de fato, pequeno. Era só ridicularizado.
O que era grande e diminuiu, pobre coitado, foi buscar outro mínimo qualquer. Ainda deve estar à procura. Talvez sempre esteja.
Lindo texto! vc tem uma habilidade impar com as palavras, parabéns!
ResponderExcluirAdorei gorota, voce me surpreendeu. Quando vc passar pela minha cadeira nos falamos mais, ok
ResponderExcluirTem um MEME pra vc lá no O arroto.
ResponderExcluirMenina!... clareza, habilidade e tamanho certo das palavras! Adorei, simplesmente!
ResponderExcluirVi um trecho disto aqui e me encantei! Volto mais!
Tantão de beijinhos!
rss... esclarecimentos úteis! Conheci seu blog através da Rachel, minha irmã.
Vanessa, Rachel´s sister!
ResponderExcluirAgora que vi seu comentário... Que honrada me senti... Não consegui ver seu perfil para responder, então vai aqui mesmo, né?
Apareça!
Bjs