segunda-feira, setembro 25, 2006

Nem tentem me explicar

Não adianta todos os grandes filósofos do mundo saírem das suas covas para me explicarem o amor.

E não adianta todos os psicoterapeutas do universo me explicarem teoricamente as interfaces da dor.

E de nada adianta que os grandes melancólicos sofredores poetas me digam que o amor é o grande desejo e o maior sofrimento humano.

Nem venham, também, os sábios metidos a besta me dizerem que a teologia plácida invertebrada constitucional intuitiva romântica daquilo que chamamos de romance e blá-blá-blá-toma-no-cú-caralho!

Eu tenho um chip chamado “esquecimento” implantado nas membranas cíclicas do meu aparelho neurológico. Vim defeituosa ou sobrevivi a experiências malignas de seres extraterrestres, sei lá.

Mas me desespero só de pensar que quando isso tudo passar o meu organismo vai começar a produzia a enzima “chuta o balde” e os famosos “libertadores de neura” e o processo vai começar todo de novo até o ápice de ver lindos cabelos negros reluzindo avermelhados à luz do sol... E aí to fudida de novo.


É isso... Eu tenho a doença do amor crônico. Ai, socorro...

2 comentários:

  1. Anônimo13:08

    pois é, o amor é algo sem explicação, por isso como naum sei explicar e axo q ninguém sabe deixo essa velha frase nada romântica:

    "O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos troxa"

    Eu sou apenas uma pessoa á mais nesse mundo, não fiz nada que possa ser considerado espetacular pois o que sou mesmo é uma trouxa só mais uma trouxa ...
    Pelo menos se eu morrer alguém vai xorar.

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  2. Anônimo23:20

    Subamos
    Subamos acima
    Subamos
    Subamos além
    Subamos acima do além
    Subamos com a posse física dos braços
    inelutavelmente galgaremos o grande mar de estrelas
    através de milênios
    Como dois atletas
    o rosto petrificado , pálido
    sorriso do esforço
    Subamos acima, com a posse física dos braços
    e os músculos desmesurados
    na calma convulsa da ascenção
    Oh acima , mas longe que tudo, além
    mais longe que acima do além
    como dois acrobatas, Subamos
    lá onde o infinito de tão infinito nem nome tem, Subamos
    Tu e eu HERMÉTICOS
    as nádegas duras
    a carótida nodosa na fibra do esforço
    os pés agudos em ponta como no espasmo
    E quando lá acima, além
    mais longe que acima do além
    num último impulso
    libertados do espírito
    despojados da carne
    Nós nos possuiremos
    e morreremos
    morreremos alto
    imensamente alto.

    Vinícius de Morais

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