Não adianta todos os grandes filósofos do mundo saírem das suas covas para me explicarem o amor.
E não adianta todos os psicoterapeutas do universo me explicarem teoricamente as interfaces da dor.
E de nada adianta que os grandes melancólicos sofredores poetas me digam que o amor é o grande desejo e o maior sofrimento humano.
Nem venham, também, os sábios metidos a besta me dizerem que a teologia plácida invertebrada constitucional intuitiva romântica daquilo que chamamos de romance e blá-blá-blá-toma-no-cú-caralho!
Eu tenho um chip chamado “esquecimento” implantado nas membranas cíclicas do meu aparelho neurológico. Vim defeituosa ou sobrevivi a experiências malignas de seres extraterrestres, sei lá.
Mas me desespero só de pensar que quando isso tudo passar o meu organismo vai começar a produzia a enzima “chuta o balde” e os famosos “libertadores de neura” e o processo vai começar todo de novo até o ápice de ver lindos cabelos negros reluzindo avermelhados à luz do sol... E aí to fudida de novo.
É isso... Eu tenho a doença do amor crônico. Ai, socorro...
pois é, o amor é algo sem explicação, por isso como naum sei explicar e axo q ninguém sabe deixo essa velha frase nada romântica:
ResponderExcluir"O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos troxa"
Eu sou apenas uma pessoa á mais nesse mundo, não fiz nada que possa ser considerado espetacular pois o que sou mesmo é uma trouxa só mais uma trouxa ...
Pelo menos se eu morrer alguém vai xorar.
Subamos
ResponderExcluirSubamos acima
Subamos
Subamos além
Subamos acima do além
Subamos com a posse física dos braços
inelutavelmente galgaremos o grande mar de estrelas
através de milênios
Como dois atletas
o rosto petrificado , pálido
sorriso do esforço
Subamos acima, com a posse física dos braços
e os músculos desmesurados
na calma convulsa da ascenção
Oh acima , mas longe que tudo, além
mais longe que acima do além
como dois acrobatas, Subamos
lá onde o infinito de tão infinito nem nome tem, Subamos
Tu e eu HERMÉTICOS
as nádegas duras
a carótida nodosa na fibra do esforço
os pés agudos em ponta como no espasmo
E quando lá acima, além
mais longe que acima do além
num último impulso
libertados do espírito
despojados da carne
Nós nos possuiremos
e morreremos
morreremos alto
imensamente alto.
Vinícius de Morais