Ah, tá!
Quem disse que o título tem que resumir o texto (de acordo com a professora da quinta série), ta muito enganado! Enganado!!!! Se eu quiser escrever um texto sobre a guerra do Vietnã eu posso, sim, colocar o título “Carnaval na Turquia”, não posso, Zé? To perguntando pra você mesmo, Zé! Posso, ou não posso?
E se eu quiser falar de virilidade, hein Zé, e colocar o título de “Desertos do Saara” (Ótimo livro!), hein, Zé?
Hein, Zé? Fala sério, você provavelmente deve estar se achando, Sócrates!!! Só pra confirmar: É com você que eu to falando, Zé na sinuca, do truco, do boteco!
Para aqueles que ainda não entenderam nada: O Zé é um cara muito viril, que coça o saco e que tem um puta falo, imagino (pára, Word! Não é um puta falo nem uma puta fala! Ou é?)! Jogou uma sinuca e depois um truco comigo e com meu amigo, Platão, num boteco perto da Puc! E ganhou todas, claro!
Brincadeira, Zé.
O Zé me fez lembrar uma brincadeira que fiz há tempos com algumas amigas! Falar do pobre coitado do pinto dos rapazes, em mesas de boteco! Nós, eu, Karen, Vi e Paulinha, inventamos essa um dia, aos 17 anos, pra testar os rapazes. E descobrimos o quanto a porra do falo é importante pra eles! Tudo começou na brincadeira, quando um amigo nosso, Zóza, nos disse o quanto é importante, para os meninos, o falo ou a potencialidade do falo.
Meu amigo Zé disse que fui muito bacana enquanto jogávamos sinuca, mas que, durante o truco, eu me demonstrei uma pessoa fanática e obcecada com o falo do próximo! Só posso dizer uma coisa: Eu não tenho falo, portanto, se for pra ser obcecada com algum falo tem que ser com o do próximo, né?
FALOGOCENTRISMO, Zé!
O fator preponderante que determina questão da diferença sexual, segundo Freud, é o resultado de uma leitura do corpo marcado por um órgão sexual. Em outras palavras, o órgão sexual externo de um sujeito deverá ser interpretado pelo significante, num circuito de desejo que necessariamente percorrerá o sujeito e a família. O falo!
A promoção do falo à instância neutra fundadora pode ser considerada justamente como o próprio atestado da superioridade do masculino, o qual não pode ser reduzido a um órgão sexual, o pênis, como no caso da mulher, que se define, antes de tudo por seu sexo, sob pena de caricaturar a própria universalidade fálica. O gozo fálico no ser falante, enquanto sujeito, é limitado pelo significante. O corpo, enquanto substância gozante, será ou não marcado pela ação do significante. Quando isso acontece, o falo, como significante, passa a temperar o gozo, dando-lhe uma certa medida, limitando-o. Trata-se, então, de uma captura do gozo pelo significante. É exatamente isto o que a psicanálise define como função fálica. No gozo sexual, a parte do corpo de um goza com a parte do corpo do outro, não ocorrendo, em momento algum, o gozo inteiro do corpo e sim o gozo do órgão.
O que me resta, Zé, senão zoar com o seu falo? E isso, Zé, percebi que é de grande incômodo de todos os machos (independentemente das suas escolhas sexuais, continuam sendo machos da raça humana)!
Pois é, Zé... Como dizia meu amigo Platão (Não é Sartre, não...): Falo, logo existo!
O Zé bem que podia responder, né?
ResponderExcluirBjs