Irritando Carol Bahasi

Assisti, outro dia, ao programa da desbocada Yang, intitulado Irritando Fernanda Yang. Achei o programa meio sem graça e achei que a Fernanda perdeu um pouco a graça. Mas não sou crítica de televisão e não vou meter o pau. Mas achei uma graça a vontade de fazer o público se identificar e ainda dizer “... é mesmo... também acho isso muito irritante...”. É uma pena que isso não sustenta um programa durante muito tempo. E o risco é tão grande de acabarem as irritâncias que pede-se a colaboração dos patetas do outro lado da tela no sentido de enviarem e-mails com fatos irritantes.

Atendendo ao pedido desesperado dos produtores do programa vou deixar minhas colaborações. Não sei bem se vão servir porque são fatos irritantes da minha vida. E só.

Exemplo: Será que alguém pode dizer ao padeiro ambulante que passa de casa em casa no bairro que não é pra ele tocar a campainha às sete horas da matina, além de buzinar a sua buzina barulhenta na minha janela, pra oferecer o pão? Todos os dias eu saio descabelada (porque nem sempre consigo ignorar sua insistência) na porta e digo que não, muito obrigada, mas não quero pão, não. Que parte será que ele não entendeu? O “quero pão, não” não está claro? E pra que todos entendam bem: Ele faz isso todos os dias, de segunda a sábado (é, amigos, sábadão também) há um mês e meio! E ainda me chama de Carol! Será que esse raparigo ta me amando? Cai na real, seu padeiro.

Outra coisa profundamente irritante, mas que vale somente para a minha família: Quando eu estiver escrevendo, não me interrompam! Não me chamem, não digam meu nome, não me encostem! Ficou claro, trololó? Não desliguem o som e nem a TV. Se está ligado é porque to funcionando assim. Do you understand, family?

Não digam que gostam das minhas historinhas! Não são historinhas, porra! São crônicas, no máximo contos! Mas não vem com essa de historinha. E outra. Eu não escrevo num FLOG e sim num BLOG! Ok? Flogs são idiotices fúteis e até hoje não consegui entender a sua existência.

Telefone. Recado aos machistas: consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo. Só que prefiro não fazer. Vocês é que não conseguem. Nem adianta tentar. Portanto, pessoas, vocês já sabem que não adianta falar comigo enquanto estou ao telefone. Mas pode parar, também, de gesticular. Se for caso de morte escrevam num cartaz. Mas mímica eu nem tento. Falou?

Não me façam perguntas cretinas, tipo “... se você fosse um animal qual seria?” Porque eu me recuso. Porque se eu fosse um animal, eu seria. Eu seria o animal que fosse. Não haveria escolha se nascesse filhote de iguana, não é mesmo?

Velho, eu não gosto de sertanejo e pronto! E não leio Paulo Coelho. Por isso eu escrevo. Pra não ter que ler coisas ridículas. Não tente me convencer. Já decidi que não sou eclética.

E uma irritação bem recente. Não me leve a mal, amigo. Mas não venha me colocar no meio das suas confusões e mentiras. Se quiser ir pra gandaia, tudo bem. Se quiser me chamar pra ir junto, ok! Se quiser ir pro puteiro, problema é seu. Mas parou com esse negócio de falar pra mãe que veio dormir aqui em casa, que ta comigo e que eu precisei de você e tal. Eu não sou babá de marmanjo, beleza? E vou logo avisando: Se a mamãe ligar aqui perguntando eu falo que não sei e tenho raiva de quem sabe!

Tenho dito.